window.dataLayer = window.dataLayer || []; function gtag(){dataLayer.push(arguments);} gtag('js', new Date()); gtag('config', 'G-Y9RM7GD3T4');
logo

MPF mantém investigação em barragens de mineradoras ativas em MT


Por Gazeta Digital

MPF mantém investigação em barragens de mineradoras ativas em MT

Conselho do Ministério Público Federal (MPF) negou o arquivamento do inquérito civil que apura possíveis irregularidades em barragens de rejeito de mineração instaladas em Mato Grosso. Ao todo, são 7 barragens na mira da Justiça.  

De acordo com a portaria, entre as investigadas está a Mineradora Casa de Pedra, em Cuiabá. também são investigadas as barragens de Cava Central em Poconé (104 km ao sul de Cuiabá), B1 e B5 no município de Nova Lacerda (546 a oeste da capital), Dique dos Finos em Vila Bela da Santíssima Trindade (521 a oeste), Barragem EPP em Pontes e Lacerda (448 a oeste) e Planta no município de Rio Branco (356 a oeste).  

Entre as irregularidades estão a não emissão de Declarações de Condição de Estabilidade (DCE), além de algumas estarem em nível de emergência. 

“A instauração de procedimento administrativo de acompanhamento não é suficiente para verificar a efetiva implantação da Política Nacional de Segurança de Barragens no tocante às barragens mencionadas ao longo do procedimento”, diz trecho da portaria.  

“Aduziu a necessidade de atuação coordenada para verificação das condições de segurança das barragens de mineração existentes no país, determinando a instauração de 1 inquérito civil público para cada barragem existente na área de abrangência da Procuradoria da República, nos moldes de Roteiro de Atuação disponível na intranet”, completa o documento.  

Para o MPF, a regularidade das barragens deve ser comprovada em procedimentos específicos, devendo-se desentranhar do feito os expedientes relacionados a cada barragem de rejeitos de mineração para instauração de processos destinados a apurar a efetiva implementação da Política Nacional de Segurança de Barragens referente a cada barragem individualizada, na área de atribuição da Procuradoria, no intuito de identifica e sanear as possíveis irregularidades.

“Voto pela não homologação da promoção de arquivamento, com retorno do feito para a realização das diligências determinadas, facultando-se ao Procurador da República oficiante que encaminhe o feito, com fundamento na independência funcional, ao Procurador-Chefe para designação de outro membro para sua continuidade”, conclui o voto que foi acatado por unanimidade pelo Conselho.  

Acompanhamento e o sinal de alerta dado às barragens em Mato Grosso ocorreu a partir de 2016, após a tragédia de Mariana, Minas Gerais em outubro de 2025, quando a barragem de rejeitos de Fundão, de propriedade da Samarco Mineração rompeu, provocando 19 mortes.